Há tempos venho me dedicando a horas e horas de escuta atenciosa dos sete discos elaborados pelo artista Tiganá Santana.
O fato dele ter sido o primeiro compositor brasileiro, na história fonográfica do país, a apresentar um álbum com a presença de canções em línguas africanas, me levou a nutrir uma forte intimidade com sua produção musical, ao tempo em que me aliançava ao pensamento que ele circunscrevia nos campos de produção de conhecimento.
Esse período marca a minha primeira escuta sobre o Kingana – as sentenças em linguagem proverbial Bantu-Kongo -, e se deu nos primeiros dias do ano de dois mil e vinte e um, quando múltiplos universos se abriram em minha cabeça. Cheguei a ouvir as sentenças de forma obsessiva e passei a utilizá-las como ferramenta de trabalho em meus cursos e atividades artísticas. De repente, aquele instrumento me parecia uma orientação para a vida, repleta de simbologias e angulações misteriosas. E foi justamente ali que se aprofundou o meu interesse por alcançar a imaginação de Tiganá que, eu sentia, parecia estar bastante voltada aos conceitos das instalações sonoras. Seguindo as pistas de suas produções e observando seus intentos no mundo, tive ainda a chance de apreciar sua imersão na cena da arte contemporânea brasileira. Como há tempos eu bem suspeitava.
Músicos da Banda Lindas. Região de Kouango. Coleção J. Audema. Foto: Albert Bergeret, cerca de 1896-1910.
No decorrer das luas, fui insistentemente tateando as estradas que me levariam à chance de experienciar as obras sonoras elaboradas pelo artista.
A primeira delas foi “Perder a Imagem” (Itaú Cultural, 2022) que, segundo diz o próprio Tiganá atenta, “é uma proposta para deixar o que se vê de lado e sentir de outras formas – pela audição, pelo tato, por outros sentidos.” A instalação se assenta nos pensamentos da historiadora-poeta Beatriz Nascimento – que, em 2022, faria 80 anos – se desdobrando em questionamento sobre a própria centralidade da imagem.
Em meu primeiro contato com a obra, senti uma espécie de convite a um sucinto passeio por meio de um cosmo que remete à memórias uterinas, com toda sua escuridão e o pequeno lago de água que nos permite molhar os pés descalços. A possibilidade de sentir o chão através de uma trilha feita de sons em suas infinitas variedades de timbres, melodias e harmonias. Tudo isso fez com que imediatamente, ao adentrar a obra, eu de fato deixasse para trás todas as imagens que meus olhos absorveram no caminho de casa até a agitada Avenida Paulista – que abriga o prédio do Itaú Cultural.
Imagem: André Seiti/Itaú Cultural.
Entendi que o chão-conceito de “Perder a Imagem” vem também da evocação “Wa i mona”, uma sentença africana Kongo que afirma “ouvir é ver”. Com base nela, Tiganá compôs o tema que constitui a verve daquela espacialidade, ou como ele mesmo afirma “a bem dizer a obra se trata de um simples punhado de frequências.” Um punhado de frequências que, em consonância com o cenário, tornava esta experiência um lugar suspenso na plataforma do ar: eu sentia vibrar na contemplação das crianças em seus passos curiosos, intuía no tempo vagaroso das mais velhas que sabiam caminhar à meia luz, entreouvia o borbulhar que irradiava no olhar ansioso dos jovens buscando compreensão naquele andor… ao final da jornada, depois de secar os pés e calça-los, nos esperava ainda o drástico incômodo da luz que se propagava lá fora, intensa, castigando os olhos que, por consciência, haviam buscado e pressentido generosas coisas na escuridão.
“Perder a Imagem”, instalação de Tiganá Santana. Cortesia: Itaú Cultural.
Pouco tempo após a abertura de “Perder a Imagem”, recebi o convite para integrar uma atividade que nascia como proposta de interação a partir da obra. Tiganá reuniu o artista visual Ayrson Heráclito, eu e a pesquisadora Cíntia Guedes, para uma conversa que girava em torno da seguinte inquietação:
O que é uma imagem?
A proposta era navegar por entre o conceito que dá nome e forma à instalação, proposto por Beatriz para expressar a vida dos africanos e seus descendentes escravizados no Brasil. Voltamos nossa atenção ao filme Ôrí, roteirizado por ela, e também à nossas próprias experiências que, como bem definiu Tiganá, levam a “uma conversa em torno do lugar, da ausência, do excesso, dos múltiplos significados do que, sobretudo, o euro-Ocidente vem construindo como imagem”, construção essa sempre estabelecida na visualidade e que não leva em conta “outros sentidos, dimensões, silêncios”. Diante disso, pondera o artista: “Se se consideram cosmologias advindas do continente africano, bem como aquelas de povos originários das Américas, há que se tomar outro caminho de percepção de mundo”.
Nosso encontro foi demasiadamente poderoso, repleto de belezas estranhas e abismais, uma provocação que soou bastante elegante, deixando em mim um gosto de avanço, pois de algum modo, eu sabia que estava um tanto mais adiante na compreensão da produção artística de Tiganá.
Passada algumas estações, era tempo de florescimento da 35ª Bienal de São Paulo (2023) quando embrenhei-me os labirintos taciturnos da obra “Floresta de Infinitos” (com Ayrson Heráclito), a que considero mais obscura e mais complexa dentre todas as instalações do artista. São 240 metros quadrados, a obra se desenha como uma floresta de bambus, orientada por uma trilha que abre clareira através dos sons-feitiços que jorram das caixas de som, parece algo como um fruto de encontros íntimos com os Povos da Mata. Num desafio ao espaço-tempo, nos vemos diante de um passeio ao lado da ancestralidade, prestamos reverência em suas manifestações plurais e somos abençoados por suas presenças. Chamada de “encantamentos sonoro-imagéticos”, a música-magia que nasce da obra torna o firmar dos pés na trilha, feita de serragem, um ato de coragem que, em algum lugar, nos faz avançar, mesmo que o coração esteja carregado de certa apreensão com o negrume.
A escuridão costuma causar esse efeito no corpo, não? Será fácil tatear o mundo iridescente dos espíritos?
Foi aí então que tomei consciência de que a instalação se tratava mesmo de um chamado à percepção daquilo que habita camadas mais profundas do que a própria terrenidade poderia nos ofertar. Ao mergulhar nas texturas sonoras, como propõe o texto da bienal, pude sentir o “bafo” da floresta em diferentes momentos do dia, sons intermitentes de seres vivos, de ventos, de árvores, das chuvas.”
Por fim, já vinha findando o ano, quando tive a honra de acompanhar parte da produção da obra “Ilês, Aiyês, Carnavais e Ancestrais” (Centro Cultural Futuros Arte e Tecnologia, 2023), como curadora na décima terceira edição do Festival Novas Frequências. A instalação propunha uma celebração e memoração de uma das manifestações artístico-culturais mais importantes do país, o bloco afro Ilê Aiyê, fundado em Salvador no ano de 1974, a partir do terreiro de candomblé, Ilê Axé Jitolu.
Composta por tecidos amarelos, vermelhos e pretos, estampados com símbolos tradicionais do bloco, a instalação acolhe ainda outros elementos como palhas-da-costa, esteiras, e um tambor-ritual. Tigana reúne ali uma miríade de significados e materiais que homenageiam o primeiro bloco afro do Brasil em uma peça sonora belíssima, composta pelo artista e gravada em Salvador com a participação de percussionistas do bloco e do grupo BaianaSystem. Ao experienciar a instalação, senti que aquele pequeno espaço, aconchegante e colorido, nos convidava a bater cabeça ao espírito do tambor e dançar em tua presença demasiadamente negra. Como uma camarinha iniciática de ares extraterrenos, parecia mesmo reverberar a devoção deste artista que há muito tempo tem ciência de que a sua música é influenciada por tudo o que o atravessa. Sendo portanto, a sua produção, de modo tanto direto quanto indireto, uma tradução do que se vive. Por isso esta obra chega diretamente aos nossos corpos como uma expressão da própria filosofia do artista quando ele nos diz “o Ilê me formou, e é por isso que devo tudo ao Ilê.”
Tiganá Santana, obra “Ilês, Aiyês, Carnavais e Ancestrais” (Centro Cultural Futuros Arte e Tecnologia, 2023).
Após essa experiência, segui em minha missão investigativa. Agora tratava-se de febre… Escuridão, experimentação, arte sonora, Wa i Mona… Existia muito ainda que eu desejava conhecer, eu precisava entender como esses conceitos orbitavam a imaginação do artista.
Isso fez com que muitas questões me sondassem, então busquei iniciar uma conversa para destacar os elementos poéticos e conceituais que impulsionam e caracterizam o vigor criativo de Tiganá Santana na arte contemporânea. O convite da Art Dialogues para esse ensaio, proporcionou a oportunidade perfeita para conectar-se com a sensibilidade notável do artista, levando à possibilidade deste diálogo e a resposta a algumas de minhas perguntas.
A relação de Tiganá com a arte sonora está profundamente entrelaçada com suas produções musicais e artísticas, bem como com sua prática de pesquisa. Ele é fascinado por coisas que existem além do visual e do tangível. E percebe que o som, como o vento, canta sem revelar seu corpo como um ponto específico. Essa possibilidade de inventar e criar a partir do som o atrai para o que a tradição ocidental chama de música. Para ele, compor canções e temas instrumentais ao longo dos anos levou naturalmente à criação de paisagens sonoras e instalações. Em sua verve, esses conceitos se misturam sem fronteiras claras – são suas ações criativas em andamento. Cada instalação sonora é pensada por Tiganá como uma canção ou um tema instrumental, e cada faixa gravada em um álbum é, para ele, como uma instalação sonora que propõe paisagens. E é nesse modo de invenção que usa sua pesquisa e estudo – todo o seu repertório existencial – para traduzir sua relação com a vida.
De todas as suas instalações, eu não conhecia ainda a peça para a exposição “Invenção dos Reinos” na Oficina Francisco Brennand. A obra fala sobre as culturas dos seres encantados e várias entidades de Pernambuco, estendendo-se a outras regiões como Maranhão e Bahia. Reflete a relação não-oposicional entre invenção e realidade, misturando ficção e existência. Para Tiganá, essas entidades são tão reais quanto fictícias – elas existem enquanto você acredita nelas e, ao mesmo tempo, existem independentemente da sua crença. Ele acha essa dinâmica fascinante e quis homenagear o lugar da invenção, que é seu aspecto favorito da vida. Atraído pela dinâmica rítmica da constância e variação, um tema prevalente em muitas criações da diáspora africana, o artista compôs a peça e convidou Juninho Costa e Sebastião para gravá-la, ambos colaboradores significativos. A carga rítmica que contorna a obra, alinha-se com o território cultural da exposição, permitindo ao mesmo tempo a liberdade da regulação.
Uma explosão acontecia em minha mente, a exploração de espaço, tempo e escuta de Tiganá me mostravam que ele intentava tornar perceptível o universo das forças que nos cercam. Suas estratégias estéticas transformam forças invisíveis em experiências audíveis e visíveis através da exploração do espaço, materiais e tecnologias. Essa curiosidade nos leva à sentença bantu-kongo “Wa i mona,” que se aplica não apenas ao trabalho “Perder a Imagem” mas a todas as suas criações. As dimensões da temporalidade, matéria-prima da invenção, ensinam-nos que eventos, situações, fatos e devaneios – todos filhos do tempo – são móveis, deslocáveis e porosos. A presença, nas sensibilidades escuras, não se limita ao momento presente, mas abrange passado, futuro e o entre-meio. A ação criativa é uma ação processual de presença que abrange a existência do criador e o que o atravessa. Em um mundo que privilegia a hiper materialidade e a hiper-legitimação do visual, Tiganá alerta que dizer “ouvir é ver” é como desafiar a hierarquia dos sentidos na percepção. Essa sentença bantu-kongo encapsula a abordagem do artista às proposições do mundo: ouvir os batimentos da vida e responder ao desconhecido com presença.
Músicos do Congo. Direitos autorais: The Story of the Congo Free State; social, political and economic aspects of the Belgian system of government in Central Africa. Data de publicação: 1905. Editora: New York and London, G.P. Putnam’s sons. Coleção: Robarts; Toronto. Contribuinte: Robarts – Universidade de Toronto.
É nesse sentido que Tiganá percebe as sentenças proverbiais, ou Kingana, como lugares. Ele intui uma integração total entre reflexão, experiência, pesquisa e ação artística. A ideia de performance e a implicação do corpo nessas performances, por exemplo, estão presentes tanto nas sentenças proverbiais quanto nos atos de cantar ou tocar música. Esses elementos visam ativar algo além da vida ordinária. O mistério habita essas performances, junto com dois outros aspectos: tanto as sentenças proverbiais quanto às instalações sonoras são lugares onde o som se torna espaço, e o espaço se torna som. Esses lugares podem ativar sentimentos, memórias e sensações de pertencimento. A materialidade desses lugares é concreta, pois são espaços de assentamento. Além disso, há uma dissolução de fronteiras entre som, música, filosofia e lugares de enunciação e anunciação. Para Tiganá, trata-se de atravessar outro mundo.
O seu trabalho cria ambiguidades entre som e silêncio, dentro e fora, medo e curiosidade, o passado e o presente, desestabilizando o espectador e restabelecendo-o através do exercício da escuridão. A escuridão, para Tiganá, é uma parte essencial da existência: a escuridão do universo, do cérebro, da matéria escura, do entre-lugar dos acontecimentos, da morte, do próximo passo, do intangível, do revelado e da ausência do que já esteve ou ainda não esteve. O ato de manifestar tem a fragilidade da exposição ou da explicação. Tiganá não busca explicações, clareza ou conforto em sua arte; ele visa conhecer melhor o desconhecido. A escuridão serve como uma força de ancoragem, com tudo emergindo do desconhecido e retornando a ele. O som aparece, desaparece e se funde com o insondável. A sua imaginação nos diz que a escuridão é um gesto de acolhimento das coisas do mundo.
Tiganá Santana. Foto: Rodrigo Somba.
Cada espacialidade criada pelo artista oferece uma experiência diferente, amplificando detalhes minuciosos à nossa percepção. Esse senso de maravilhamento leva os visitantes do espaço expositivo a interagir com seu trabalho de maneiras únicas, nunca apreciando-o da mesma forma duas vezes. A experimentação, em sua jornada, desempenha um papel significativo. Para Tiganá, a invenção envolve inerentemente a experimentação, uma liberdade de voar com e sem o corpo conhecido. Ele visa que os sons sejam lugares habitáveis ou passageiros e que os espaços fluam na liquidez das frequências sonoras. Sua alma concebe o ato de experimentar envolvido em reconhecer e estabelecer encontros entre materialidades de origens distintas, abraçando o absurdo, o paradoxo, o mágico e o irracional como formas frutíferas de perceber e perfilar o mundo. Seu processo se aprofunda, tanto cético quanto poeta, colhendo resultados que dançam entre o acaso e a profundidade, sem respostas definitivas, deuses ou ciência, mas com a liberdade de explorar o impossível.
Com uma trajetória que se desdobra nas áreas da produção cultural, das artes, da educação, escrita e pesquisa, os caminhos de Nathalia Grilo giram em torno da Imaginação Radical Negra. Ela atua como curadora de narrativas no estúdio e no pavilhão do artista Maxwell Alexandre, e é curadora na HOA Galeria.
Também faz parte do movimento Levante Nacional Trovoa, escreve sobre música, poesia e artes visuais na coluna Missa Negra da editora Sobinfluência. Lidera o programa Negrume na Rádio Veneno, escoando seus estudos sobre Musica Espiritual Negra. Foi curadora da área de música na Virada Cultural de SP em 2022, no edital Pulsar do SESC RJ, em 2023. Idealizou, produziu e é curadora dos festivais Ayó Encontro Negro de Tradição Oral e Festival Instrumental Mulambo Jazzagrario.
Nathalia Grilo é mulher negra do extremo sul da Bahia, um corpo em migração, e mãe.
Nascido em 29 de dezembro de 1982, na cidade de Salvador (Bahia), o compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador, professor e tradutor Tiganá Santana iniciou seus estudos musicais em violão aos 14 anos em sua cidade natal com Alberto Batinga. Ele começou a compor durante esse período, tendo experimentado a escrita poética desde os 9 anos de idade.
Nos últimos 13 anos, Tiganá Santana tem realizado extensas e contínuas turnês por países da Europa, África e Ásia, sempre priorizando encontros interculturais e coletando aspectos relevantes das culturas locais junto ao seu trabalho artístico, interpretando-os de sua maneira única.
Simultaneamente, ele tem disseminado suas obras artísticas, reflexões e pesquisas através de várias apresentações e entrevistas em rádio, jornais, revistas e televisão, incluindo a BBC Radio em Londres, o jornal francês Le Monde, a revista Carta Capital, os jornais Folha e Estado de São Paulo, os jornais A Tarde e Correio da Bahia, a Rádio Cultura de São Paulo, a Rádio Senado, a TV4 na Suécia, a Radio France Internationale, a Polskie Radio (da Polônia), entre outros.
Jaime Neves Santos, pai de Tiganá, durante um treinamento de capoeira.
“Como influência na prática artística, tenho a impressão de que a capoeira, como fez parte da minha vida da infância até um período da adolescência, porque eu treinava com meu pai, é mais um assentamento de construção negra. Como foi também o candomblé. Eu parei de praticar capoeira, mas tenho memória corporal dela. Acho que só fui refletir sobre isso depois. Então, para mim, a influência da capoeira é quanto à possibilidade de cantar, porque quando eu era criança, cantava as ladainhas de capoeira. As cantigas de capoeira. Meu pai me colocava para cantá-las. Isso sim consigo, de fato, perceber como uma abertura para cantar.”
Músicos do Congo. Foto: Fotógrafo desconhecido.
Fichas Técnicas das Obras De Tiganá Santana
Floresta de infinitos (2023)
Instalação sonoro-visual criada por Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
Atabaques: Tiganá Santana e Sebastian Notini.
Voz: Tiganá Santana
Gravação: Sebastian Notini (Itabuna Estúdio)
Clarinete, clarone e gravação: Joana Queiroz (Estúdio Volante)
Sons ambientes captados na Aldeia Guarani do Rio Silveira, São Sebastião (SP) por André Magalhães
Produção Musical, desenho sonoro, mixagem e masterização: André Magalhães
Desenho expográfico: Stella Tennenbaum
Projeto de Iluminação: Anna Turra
Desenho de interação e programação de sensores: Jarbas Jácome
Animação, computação gráfica e projeção interativa: Fernando Rabelo
Crédito das Imagens:
Mãe Stella de Oxóssi – fotografia de Mario Cravo Neto/Instituto Moreira Salles
Índio do buraco – fotografia acervo FUNAI
Dom Phillip – imagem criada a partir de acervo familiar
Bruno Pereira – imagem criada a partir de acervo familiar
Mãe Edna do Espírito Santo (Risolá de Cassarangongo) – imagem criada a partir de acervo familiar
Joãozinho da Goméia – fotografia de Pierre Verger/Fundação Pierre Verger
Chico Mendes – imagem criada por inteligência artificial
Mãe Mirinha de Portão – imagem criada a partir de acervo familiar
Rio Doce – imagem criada por inteligência artificial
Pássaro Peito-Vermelho-Grande – imagem criada por inteligência artificial
Perereca-Verde-da-Fímbria – imagem criada por inteligência artificial
Gameleira Branca – fotografia de Ayrson Heráclito
Materiais:
Bambu, fibra de coco, espelhos, plantas, cabaças, potes, quartinhas, moringas, ojás (tecidos
brancos), óleo queimado, tule para projeção.
Ilês, Aiyês, Carnavais e Ancestrais (2023)
Vozes: Tiganá Santana
Percussão (Ilê Aiyê): Mestre Mário Pam (3 surdos, pandeiro e regência); Ru
Paixão (caixa); Serginho Pam (repique e tamborim)
Participação especial: BaianaSystem
Gravação: Sebastian Notini e BaianaSystem
Mixagem: Sebastian Notini
Perder a Imagem (2022)
Concepção e realização: Tiganá Santana e Itaú Cultural
Curadoria e obra sonora original: Tiganá Santana
Design sonoro e mixagem: André Magalhães
Gravações (BA / SP): Sebastian Notini, André Magalhães e Juninho Costa (Junix)
Musicistas: Ldson Galter (contrabaixo), Sebastian Notini (percussão), Juninho Costa (Junix)
(guitarras), André Magalhães (percussão e efeitos) e Tiganá Santana (violão e vozes)
Participação especial (vozes): Juçara Marçal
Projeto expográfico: Anna Turra e Stella Tennenbaum
Projeto de acessibilidade: Itaú Cultural
Conteúdo de mediação: Formação Itaú Cultural